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quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Ossos e teimas


(Esta poesia faz parte do livro a ser lançado brevemente 'Visões comuns de um porco esquartejado')

Horas que teimo em retardar os ossos,
Em que não posso a morte do esqueleto,
De lá, sentado, em carne, o que eu escrevo,
Não vale nada; vai secando junto.

Horas que teimo no brigar valente,
E no ausente do lutar vazio;
Horas que teimo em retardar os ossos.
Horas que ouço...
Meu gritar sozinho.

São essas horas loucas meus poemas!
Em que o dilema há de fazer confuso:
A doce flor tapada na colina,
O monastério dum coral de hienas.

São as maldades cruas da cidade,
São as verdades invadindo luas!
São essas loucas horas meus poemas:
São minhas almas...
No bailar das ruas.

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Este blog surgiu após inúmeras recomendações, broncas, cascudos e beliscões de conhecidos. Aqui está, enfim, um espaço próprio para o escritor Allan Pitz publicar suas "Patavinices", seus textos, seus livros, e tudo o mais que o tempo for lhe guiando e desenvolvendo.

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