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segunda-feira, 21 de junho de 2010

Programado para ler


Não existe um computador interessante com poucos programas executáveis. O que faz a funcionalidade da máquina, em amplitude, servir para diversos fins são os programas que instalamos! Pegamos o arquivo desejado. Inserimos na máquina. E o que acontece? O computador estará munido de mais uma função programada; estará, digamos, mais inteligente. E a nossa cabeça,o nosso cérebro? Por acaso já nascemos programados com todas as informações, necessárias para o andamento pleno da vida? Já nascemos com um cérebro programado para o sucesso, para a boa fala, o bom julgamento, a inteligência? Obviamente não. – Pois é... Que lástima.

Somos exatamente como esses computadores de hoje, aliás, nosso cérebro misterioso é que funciona da mesma forma programável. Precisa, portanto, de arquivos. Precisa de funcionalidades, para abranger múltiplas tarefas. E quais seriam esses programas para o cérebro? – De televisão; suponho. – Também, é claro! Mas não só a televisão... O cinema, o jornal, a revista, o teatro, e principalmente: os livros. Já com os livros é tão nítido, que podemos visualizar aquelas folhas de papel do Windows voando para dentro do nosso cérebro ao invés da pastinha, como numa grande transferência de arquivos úteis, necessários. E vemos sobre amor, sobre ódio, sobre psicose, estradas ocultas... Caminhos que, talvez, sem os livros, jamais iríamos adentrar com olhos lúcidos... E podemos conversar com assassinos e santos, se quisermos, com juízes e vagabundos, com vampiros e demônios; com anjos! Vemos a vida de milhões, compartilhamos segredos – dos mais variados! - E nessa troca de arquivos, entupindo nosso computador cerebral de funções novas, teremos por fim uma máquina poderosa, pronta para o que der e vier pela frente.

Ainda como benefício, depois de muitas programações, nossos computadores de bordo possuirão riquíssimo vocabulário – com programa automático de correção gramatical embutido (mas demora)!

Portanto, queridos leitores literário - cibernéticos, pensaremos em cada livro lido, seja lá qual for esse livro, como um novo arquivo evolutivo, instalado em nosso cérebro de computador.


Quantos programas você instalou na sua máquina ultimamente?

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Este blog surgiu após inúmeras recomendações, broncas, cascudos e beliscões de conhecidos. Aqui está, enfim, um espaço próprio para o escritor Allan Pitz publicar suas "Patavinices", seus textos, seus livros, e tudo o mais que o tempo for lhe guiando e desenvolvendo.

Obrigado pelo incentivo de todos.