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sábado, 16 de abril de 2011

O Paquidermes Culturais entrevista: Liana Cupini


Ficção, fantasia, comédia romântica? Para ela escrever é o único ponto chave. A mágica fluindo sobre o papel.

É com grande prazer que entrevisto hoje a escritora Liana Cupini, autora dos livros Estigmas da Luz e Antes Tarde que Mais Tarde, e idealizadora do Selo Brasileiro.




Pergunta à parte: Quem é Liana Cupini?

Uma metamorfose ambulante, como diria Raul... Rs.

1 - Flashback obrigatório: Como surgiu a escritora que você é hoje? E o que a motivou, definitivamente, para seguir firme na carreira literária?

Eu passei 25 anos tentando ser uma pessoa bem sucedida e realizada profissionalmente. E consegui: fui convidada para ser Gerente de um Banco. Só que não encontrei ali nenhuma felicidade. Eram pessoas frias e ‘falsas’, que não se importavam umas com as outras. Como eu não me encaixei, em pouco tempo estava fora do "emprego dos meus sonhos", depois entrei numa crise existencial. E me refugiei na escrita, como sempre fiz. E quando eu percebi tinha terminado o livro Estigmas da Luz, primeiro da trilogia Luz e Escuridão!

2 - Eu particularmente gostei muito do seu primeiro livro (Estigmas da Luz), aliás, gostei dos dois, tanto que fiz uma pequena apresentação para o segundo livro (Antes Tarde que Mais Tarde). Fale-nos um pouco sobre esses dois trabalhos.

Escrever ficção é incrível: você entra na estória, pesquisa, cria... É muito bom. E eu procurei ser o mais detalhista possível em Estigmas da Luz.
Já comédia é diferente. Você pega fatos do cotidiano, junta com a sua imaginação, e lá está.

Eu gosto dos dois gêneros, aliás, eu gosto de escrever e ponto. São trabalhos muito diferentes que tem apenas uma coisa em comum: meu estilo.

3 - O que seria um ‘excelente livro’, em sua opinião?

Um excelente livro é aquele que eu não consigo parar de ler! Acho que isso é fundamental... Você se envolver com o livro a tal ponto de pensar nele quando não está lendo; é fundamental para mim.

4 - Internet, blogs, twitter, facebook, orkut, trabalhos paralelos... Como você observa o desafio do escritor moderno com as novas obrigações digitais? Sobra tempo para estudar e escrever como você gostaria?

Allan, meu amigo. Se eu conseguisse me manter financeiramente só com a venda dos livros, escreveria um novo livro por mês (exagero, rs!). Contudo, eu tenho uma vida paralela, dou aulas, porque escritor brasileiro que está começando quase morre de fome! Literalmente! A internet nos ajuda; facilita... Os blogs e redes sociais nos promovem; mas ainda é um grande desafio!

5 - Lembro de uma escritora que me procurou alguns meses atrás... Sua energia estava lá nas alturas, ela falava em unir escritores, em alavancar livros nacionais, em correr o Brasil para falar com os leitores apresentando a nova literatura brasileira. Enfim, ela me convenceu fortemente a entrar para o grupo (mesmo que eu afirmasse ser louco demais para qualquer grupo). Em pouco tempo estava formado o Selo Brasileiro (um dos meus maiores orgulhos).
Liana Cupini, de onde veio toda essa coragem para unir escritores de diferentes “tribos”, e convencê-los a participar de um projeto único? Conte um pouco sobre a fundação do Selo Brasileiro e seus ideais.


Eu sou uma sonhadora, não nego. E sonho algum dia ver os lançamentos nacionais sendo destaques nas livrarias, e não os mesmos livros estrangeiros. Eu quero ver em uma lista de Livros Mais Vendidos o nome de vários autores brasileiros no topo, e não os clássicos de sempre. E, como diria Fabian Balbinot, um galho sozinho quebra fácil, mas um feixe de galhos não.

O Selo é a realização de um sonho, e a maior prova disso é que em menos de seis meses já conseguimos ver o retorno. E ainda temos muito que crescer e aparecer! Vamos viajar o país mostrando que existe uma literatura nacional contemporânea, e que ela abrange vários gêneros. Temos ótimos livros, precisamos apenas de oportunidades para mostrá-los.

6 - Cupini e os leitores; como funciona esse relacionamento?

Eles são a melhor parte de ser uma escritora iniciante. São fofos, carinhosos, me mimam demais... Espero conseguir retribuir todo esse carinho!

7 - Nos dias de hoje, a maioria dos escritores não consegue se dedicar inteiramente aos trabalhos de escritor, por motivos lógicos de sobrevivência. No início tudo é autopublicação, valores altos para publicar (mais do que um salário mínimo). Isso pode ser um desencorajamento aos mais pobres que possuem vocação literária? Um filtro natural que seleciona apenas os abastados?

Creio que não seja nenhum dos dois. Acho que é apenas o triste quadro do mercado literário nacional. E os que vão se destacar: serão os determinados, e não os abastados. (Não vou dizer os talentosos, porque é muito difícil essa vida de escritor, com ou sem talento...)

8 - O que seria, digamos, um pé no “saco literário” para Liana Cupini?

A distribuição dos livros. Escrever é fácil, divulgar é difícil, mas fazer seus livros chegarem a todo o Brasil é impossível!!!

9 - Você percebe uma grande americanização na literatura brasileira, ou acredita que sejam pequenos “equívocos” na busca pela mesma “excelência” em fazer bons livros?

Na verdade eu acho que há uma globalização em todos os campos, incluindo a literatura. Mas isso não impede que cada autor tenha sua individualidade e cultura colocada nos livros

10 - Um amigo, muito mais radical do que eu, diz que agora temos um escritor em cada esquina, e que todos querem escrever Best Sellers antes de viver seu próprio Best Seller pessoal (ou quase isso). Você concorda que um bom escritor, carrega consigo certo grau de experiência vivida antes de trazer vida ao papel?

Não! Acredito que escrever é um dom, assim como artes plásticas e música. Você treina para chegar o mais perto possível da perfeição, e esse treino demanda tempo, mas a idade e a experiência pessoal são independentes disto.

11 – Como você observa a Nova Literatura Nacional?

Crescente. Temos grandes novos autores (tanto no Selo Brasileiro, quanto fora) que só precisam de espaço para suas obras. E esse espaço tem de vir tanto das editoras quanto dos leitores.

12 - O que os leitores podem esperar dos seus próximos trabalhos?

Novidades. Logo sai os outros dois volumes da trilogia Luz e Escuridão, e pretendo ainda esse ano lançar mais dois chick-lits!!

13 - Papo bem ligeiro em cinco tempos:

Um livro de cabeceira: Cem Anos de Solidão (foi o que me fez despertar a paixão pela leitura!)

Uma música inesquecível: Lonely Day - System of a Down

Um filme: O Fantasma da Ópera

Um sonho: Viajar o mundo!

Um autor ícone: Amanda Hocking


14 - Agradeço por ter aceitado o meu convite. Deixo esse espaço livre para você:

Eu que agradeço a sua confiança em mim, e sua amizade. E agradeço aos leitores que estão abrindo a mente para receber a nova literatura nacional!!




Liana Cupini, natural de São Paulo – SP, nasceu em 11 de Fevereiro de 1984. Formada em Comunicação Social (Publicidade), estudou Comércio Exterior e tem MBA em Recursos Humanos. Autora da série Luz e Escuridão, teve o primeiro livro, Estigmas da Luz, publicado no final de 2010. Deve lançar, no decorrer de 2011, os dois livros que fecham a trilogia: Guardiões e Reino; Além do chick-lit Antes tarde que mais tarde! Voltado para o publico juvenil adulto, a autora escreve com uma linguagem simples e leitura ágil.

Saiba mais sobre a autora e seu trabalho em:
livrosluzeescuridao.blogspot.com
selobrasileiro.blogspot.com

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Este blog surgiu após inúmeras recomendações, broncas, cascudos e beliscões de conhecidos. Aqui está, enfim, um espaço próprio para o escritor Allan Pitz publicar suas "Patavinices", seus textos, seus livros, e tudo o mais que o tempo for lhe guiando e desenvolvendo.

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