Photo by Peter Hellebrand, Rotterdam, Netherlands.
Duas falasEla fala de voar eu vejo céu.
Ela pensa em tracejar;
Eu mostro mapas.
Ela pensa em vir da carne o doce mel...
Eu no mel dum doce espírito:
Pulo etapas.
Ela fala de sorrir até chorar
Quando cá vejo chorar até sorrir!
Ela fala de seguir ao ver chegar
E daqui vejo chegar após seguir.
Ela segue mais avante do que eu sei
Mesmo assim, já posso ver seu caminhar
Nas areias que pisei tão logo ali
Quando a névoa decidiu me raptar.
Tantos anos de cegueira imposta à brasa,
Quando amor se misturou, na cova rasa,
Ao prazer que dominou a triste fala,
Ao amar que é tudo junto e mais que isso.
Ela fala em conquistar o Mundo novo
E eu pensando na revolta dos umbigos
Ela fala em recomeço e desconsolo
Eu sou marca... Que destrói com tudo isso.
O fantástico circo novoNuma pirueta do palhaço eu vi
Toda a palhaçada onde devia estar...
Fora desse picadeiro em que eu vivi,
Dentro de uma rocha que morreu no mar.
Onde a magia velha me encantou!
Números de um circo onde eu não quis estar...
Vejo alguns anões a fazer rir também,
E um acrobata desequilibrar.
Nova apoteose de ver tudo além!
Ares rarefeitos não vão me ofertar
A magnitude de sentir, que alguém,
Sente o seu sentido louco de enxergar!
Palhaços!
Mágicos!
Circos!
Micos!
Sorrisos novos que eu guardei comigo!
Anões!
Gigantes!
Morto!
Expressivo!
São novas vozes a cantar comigo!
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