Cinco dias sem dormir direito, escrevendo sem parar (rabiscão original quase pronto). Seguem trechos de mais um trabalho do Circo Pitz para a leitura dos amigos paquidérmicos:
Parte do capítulo quatro
Rótulos... Como nós amamos e detestamos os rótulos! No entanto, eles existem desde que o mundo é mundo, pois se constitui como necessidade maior do ser humano saber (pensar saber) para quem aponta o seu dedo opinativo diariamente. E como as cabeças não querem se aprofundar em minúcias - não conseguem, em geral -, o rótulo social pode vir de qualquer lado, por qualquer motivo ou razão aparente.
Um dia o ferreiro Grant, velho galês, bebeu tanto que acordou abraçado com uma cabra. No seu vilarejo, ficou conhecido como “Grant - O ferreiro das cabras”. Vladimir falou sobre a vida fora da Terra com algumas pessoas que ignoram o assunto; desde esse dia, para aquela unidade de convívio, ele se tornara “Vladimir Espacial - O rapaz de Saturno”.
Parte do capítulo dezPenso mais uma vez sobre estar apático. Porque eu estaria apático?
Os assuntos! É isso, Letícia devia estranhar os temas com que eu trabalho.
Já que eu li uma série de bêbados e desventurados, eu deveria ter iniciado minha carreira literária com alguma história semelhante.
Esse A Morte do Cozinheiro ninguém vai publicar. Por quê? Eu quis saber.
Porque ninguém sabe que merda é essa e o que acontece direito até o ponto final. Não tem diálogo. Parece poema correndo. E o cara xingando o coitado o tempo todo, fumando maconha, está com algum encosto!! Nisso eu perguntei: Então o que falta para esse livro ser publicável?!
Primeiramente, escrever outro melhorzinho. Bem, deixemos Letícia pra lá... Eliza também... E tudo mais! Dane-se! Se o livro é tão maluco assim façam uma fogueirinha para marshmallows no quintal de casa!
Parte do capítulo onzeEu ainda me preocupo muito com a imagem externa, por isso me irritei quando me vi tão esquisito por fora. Quando vou a palestras ou sou convidado para conversar com algum editor, volto pra casa lembrando meu comportamento depois, pescando alguma merda que eu possa ter falado (sempre tem uma fresquinha no anzol), e vou me sentindo um idiota completo.
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