Não importa quantas vezes você caia, o importante é levantar e continuar tentando. Esse lema de ‘você pode’, semelhante ao adotado pelo Presidente Barack Obama em sua campanha eleitoral, já existe na sociedade norte-americana há muito tempo. Algo absolutamente normal num país que valoriza a regra do mais forte, o capitalismo devorador, a imagem erguida sobre posses, e o domínio eficaz da imagem externada (o que se mostra ser para os outros). Os americanos, assim como em todo país ‘capitalista ferrenho’, tendem a usar o mais fraco como válvula de escape para o próprio sufocamento que sentiram a vida inteira, no que sempre ouvimos falar como: torcer pelo mais fraco, apostar no azarão, ver-se vencedor perante qualquer contrariedade imensa que se anteponha, mediante seu objetivo maior ainda de vitória.
Não deixa de ser, primeiramente, um incentivo, algo como um chamado, um despertador para o cérebro adormecido. Vamos lá! Nós podemos! Sim, meus amigos, nós podemos, nenhum soco pode ser tão forte que destrua seu objetivo maciço. Nada, ninguém, nem os músculos de Dolph Lundgren na extinta União Soviética puderam derrubar o valente Rocky Balboa. E lá no Império Vermelho, gelado, socialista, tremulou a bandeira vencedora dos EUA. Nas mãos de um homem fraco! Fraco, sim, tecnicamente um pugilista precário, sem movimentação, guarda baixa, pernas duras, uma esquerda morta. Tudo que o Rocky tinha era uma pancada de direita guardada e um sonho na cabeça. Basicamente, o filme nos vende o sonho de que a derrota não existe se enfrentarmos de frente a possibilidade única de triunfar. Yes, we can, caros leitores, esse é o lema daqui pra frente. We can governar melhor, votar melhor... We can ser menos injustos, menos soberbos, menos hipócritas... We can ler mais, ajudar mais, zelar pelo bom andamento do país. Aí está uma coisa boa na cultura americana: eles valorizam os vencedores, é verdade, mas pregam o lema de que qualquer um pode vencer, pode conseguir o seu lugar ao sol, tornar-se um vencedor, e é por isso que os EUA sustentam até hoje o rótulo de 'A Terra das Possibilidades’, atraindo para o sonho americano imigrantes esperançosos do mundo inteiro.
Por mais que seja um sonho - que todos possam chegar lá - acho que é um sonho tão lindo. É um sonho que também quero sonhar, afinal de contas eu também quero chegar lá. Também quero meu lugar ao sol e gosto de acreditar que poderei chegar lá.
ResponderExcluirE muitas vezes acho que é esse otimismo, essa valorização que falta por aqui em terras tupiniquins... Sabe por que penso isso? Porque aqui no Brasil não há uma valorização do campeão. Não como acontece lá.
Nos temos vergonhas de nós mesmo. E se houvesse talvez uma maior valorização dos nossos feitos, talvez pudéssemos erguer a cabeça e ter verdadeiro orgulho de quem somos e de onde viemos.
Eu acredito mais no lema americano "YES WE CAN" que tem todo um sentido positivista, no estilo de convicção do que o brasileiro "NÃO DESISTO NUNCA", porque apesar de também querer te elevar e dizer que um dia chega lá, o brasileiro tem uma lado negativo, já de cara te diz que você vai falhar e que precisa ser muito perseverante para vencer...
Enfim, não sei se você concorda... Mas ainda prefiro o positivismo do que o pessimismo... E não sei exatamente o porquê, mas sinto o lema brasileiro carregado de derrota...
Yes we can !!!
ResponderExcluirAdoro seu livro da morte do cozinheiro!! Posso colocar seu link no meu blog?
Bom, vamos lá, esse é um momento histórico, pois até então eu não respondia através do blog, mas agora com a nova conexão ficou tudo mais fácil por aqui.
ResponderExcluirNanie: Meu pensamento vai por esse mesmo lado. Os norte americanos valorizam os vencedores, mas não deixam de influenciar os perdedores com mensagens de que tudo é possível, "você pode", "nós podemos", busque seu sonho, isso aparece de forma subliminar (ou nem tanto) em mais da metade dos filmes e seriados de lá. Gostei do comentário, obrigado.
Claudinha: CLARO QUE YOU CAN!! Fico muito feliz que tenha gostado do livro, então espalhe mesmo esse link!!
Muito obrigado pela força.