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domingo, 8 de novembro de 2009

Catador de percevejo



(Poema canção)

Vai saber...
As coisas me parecem meio irreais.
Ontem mesmo
Eu andava com uns animais,
Num parque onde as visitas só me olhavam nu!

Vou sair...
Não vê que as minhas falas são as anormais?
Não vê que são vestígios de uns ideais?
Uns bem mortais.
Uns imorais.
Angelicais no fim.

Ontem só que eu não sofri
A problemática do mundo.
Hoje só que eu não morri
De algum ataque meu profundo.
No outro dia foi no fundo
De um baú que eu me encontrei
E vi que estava imundo...

Calendários rotativos não me rodam mais,
Nem floresta industrial, nem vasos de bonsai,
Traz a calma natural que eu quero ter da vida;
Então valer minha paz.

Escada que me cai
Maravilhas que não vejo
Sem educação
Catador de percevejo
Maremoto interno
Falador de tudo
Que há de falar em mim.

Escravidão do corpo
Desejoso de desejo
Ou de um turbilhão
Que dê conta do que vejo
Maremoto interno
Falador de tudo
Que há de falar em mim.

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Este blog surgiu após inúmeras recomendações, broncas, cascudos e beliscões de conhecidos. Aqui está, enfim, um espaço próprio para o escritor Allan Pitz publicar suas "Patavinices", seus textos, seus livros, e tudo o mais que o tempo for lhe guiando e desenvolvendo.

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